História da Energia
Na visita ao museu da Coelba, passamos por uma linha do tempo que nos fez entender como surgiu a energia. No tempo paleolítico, os primeiros encontros do homem primitivo com o fogo devem ter ocorrido naturalmente ao serem observadas as árvores atingidas por raios. Destes encontros casuais o homem aprendeu quais são as propriedades inerentes ao fogo: calor e luz, e a capacidade de alguns materiais secos pegarem fogo, como a madeira, por exemplo. Observaram que o choque produzido entre duas pedras produzia faíscas e que se colocassem folhas e galhos secos próximos dessas faíscas conseguiam fogo. A partir deste momento, o primeiro passo foi dado para que o homem levasse o fogo até sua habitação. Por meio de uma tocha com uma haste de madeira e alguns gravetos a chama incandescente era levada de seu lugar natural até a caverna ou acampamento, onde o fogo poderia ser mantido indefinidamente, como uma fonte constante de calor, luz e proteção.
A partir
dessa conquista, o homem podia se aquecer, afastar animais selvagens do lugar
onde vivia e cozinhar, ou seja, mudou tudo. Mas não foi só isso, aos
pouquinhos, o homem foi descobrindo que água quente misturada com barro
resultava em uma massa que poderia ser moldada e virava vasilha. Com vasilhas
era possível armazenar água e guardar alimentos por mais tempo. O homem também
descobriu que o fogo derretia metais: com eles era possível fabricar
ferramentas como facas, martelos, colheres. O fogo derretia também areia:
virava massa transparente- era o vidro. A vida melhorou de qualidade.
No tempo neolítico, Ao dominar o fogo, o Homem acreditou nas suas capacidades
e preparou novas descobertas. De fato, a produção do fogo veio alterar,
profundamente, os hábitos do homem primitivo e abrir-lhe caminho a outras
inovações.
O Homo Erectus já sabia produzir o fogo. Com efeito, há mais
de meio milhão de anos, esse antigo antepassado do homem já acendia fogueiras,
como se comprova pelo fato de aparecerem vestígios de fogo em lugares por si
habitados. Com esta invenção, o homem primitivo alterou, profundamente, a sua
maneira de viver.
O domínio do fogo alterou a vida do homem primitivo pois veio
permitir-lhe:
- Aperfeiçoar os instrumentos utilizados na caça e na
pesca;
- Cozinhar os alimentos, até aí comidos crus;
- Defender-se melhor dos animais que o cercavam ou
empurrá-los para os locais pretendidos;
- Iluminar as cavernas, de que ocasionalmente se servia,
através da utilização da gordura dos animais que abatia;
Em conclusão, ao dominar o fogo, o Homem acreditou nas suas
capacidades e preparou novas descobertas. De fato, a produção do fogo veio
alterar, profundamente, os hábitos do homem primitivo e abrir-lhe caminho a
outras inovações.
Muito tempo atrás, os navegadores que se aventuravam pelos mares fizeram uso da energia eólica, por meio das velas de suas embarcações, o que propiciou a descoberta de novas terras, como aconteceu com o Brasil. Também foram importantes nessa época os moinhos de vento e água.
Com o surgimento da máquina a vapor, na Revolução Industrial, a lenha e o carvão mineral passam a ser utilizados em grande escala como fontes de energia.
Após a Revolução Industrial, teve início a utilização massiva dos combustíveis fósseis, principalmente o petróleo, que são importante fonte de energia até hoje e também grandes poluidores do meio ambiente.
No século XIX, os cientistas começaram a tornar útil um novo tipo de energia: a energia elétrica, que veio para mudar definitivamente a vida das pessoas. E, em meados do século XX, foi descoberta a energia nuclear.
O homem busca e sempre buscou novas fontes de energia, fato que foi agravado quando se percebeu que as reservas de combustíveis fósseis são limitadas e que algumas das fontes de energia poluem seriamente nosso planeta.
Hoje, muita importância é dada à energia renovável, obtida de fontes naturais capazes de se regenerar e, portanto, inesgotáveis. Os tipos de energia renováveis mais conhecidos são: biomassa, hidráulica, solar e eólica.
Passamos pelo elevador Lacerda para chegar ate ao museu e podemos conhecer um pouco da história, que foi construido por um homem chamado Antônio de Lacerda que nem engenheiro era. Desde a sua fundação, em 1549, Salvador tinha entre seus principais problemas o transporte de pessoas e mercadorias entre a Cidade Alta, área administrativa e residencial, e a Cidade Baixa, zona do porto e do comércio. As ordens religiosas foram as primeiras a montarem seus guindastes, principalmente para facilitar o transporte de materiais para a construção ou ampliação dos seus conventos.
Isso começou com os jesuítas, ainda no século XVII, antes da Invasão Holandesa, com a construção do Guindaste dos Padres, que ainda hoje é o nome de uma rua na Cidade Baixa, onde hoje se encontra o Plano Inclinado Gonçalves. Depois vieram os carmelitas, que construíram outro guindaste onde hoje é o Plano Inclinado do Pilar. A Santa Casa de Misericórdia, o Mosteiro de São Bento e o Convento de Santa Tereza também fizeram seus próprios guindastes.
Em 1869, o empresário baiano Antônio de Lacerda e o engenheiro Augusto Frederico, seu irmão, começaram a construção do Elevador Hidráulico da Conceição, que foi inaugurado em 1873 e também ficou conhecido como Elevador do Parafuso. A partir de 1896, passou a se chamar Elevador Lacerda, em homenagem aos seus criadores. Na época, além de ser o mais alto, era também o primeiro elevador público do mundo. Com a chegada da eletricidade, o mecanismo hidráulico foi substituído por um elétrico, em 1906.
A última transformação ocorreu em 1930 e implicou numa total mudança da arquitetura do equipamento, com a necessidade de construir uma extensão que permitisse acrescentar duas novas cabines às duas até então existentes. Hoje, o Elevador Lacerda é um dos principais cartões postais de Salvador.
Passamos pelo Mercado Modelo, inaugurado em 9 de dezembro de 1912, o Mercado Modelo funcionava como principal centro de abastecimento da cidade de Salvador. Nele eram comercializados os gêneros alimentícios, frutas, verduras, carnes, aves, peixes, farinhas, os camarões salgados, as pimentas recém-colhidas, charutos do Recôncavo e cachaças de alambiques de toda Bahia. Produtos esses que chegavam do Recôncavo, nos saveiros e das pequenas roças ao redor da cidade.
O primeiro prédio que sediou o Mercado Modelo ficava entre a Casa da Alfândega, prédio atual, e a Escola de Aprendizes de Marinheiro, em frente a rampa do Mercado. Somente em 1971 após mais um incêndio, ocorrido em 1969 que destruiria completamente o antigo prédio, o Mercado Modelo se mudaria para Casa da Alfândega, imponente prédio federal, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em 1966. O prédio reproduz formas neoclássicas consagradas da segunda metade do século XIX, com uma planta quadrada e uma construção circular ao fundo, que antes servia para atracamento dos navios de mercadorias.
Com essa mudança de local e por pressão da CEASA e dos supermercados, que começavam a se proliferar pela cidade, o Mercado Modelo alteraria sua vocação de comercialização de gêneros alimentícios, para venda de artesanato e produtos típicos da Bahia, com administração da prefeitura.
A história do Mercado Modelo é marcada por tragédias provocadas por grandes incêndios. O último deles ocorrido em 1984, já no prédio atual, que foi totalmente restaurado respeitando o plano arquitetônico original. Foram introduzidas algumas modificações, como concreto pré-moldado, cobertura de telhas coloniais e novos equipamentos de prevenção de incêndio.
É um dos principais cartões-postais de Salvador. Durante a época da escravidão, era o lugar onde os escravos eram castigados. A praça é cercada por várias casas antigas, no mais puro estilo colonial, dentre elas o casarão da Fundação Jorge Amado e igrejas como a Igreja do Rosário dos Homens Pretos e a Catedral Basílica, dois grandes exemplos da arquitetura da época da Colônia.
O Pelourinho é um capítulo à parte na visita a Salvador, o local reúne restaurantes com o melhor sabor da culinária baiana, artesanato, arquitetura barroca, religião, centros culturais e o legítimo batuque do Olodum.
Na condição de primeira capital da América Portuguesa, Salvador cultivou a mão de obra escrava e teve os seus pelourinhos com várias colunas, fixadas em áreas públicas para expor e castigar criminosos. Instalados originalmente em pontos como o Terreiro de Jesus e as atuais praças Tomé de Sousa e Castro Alves, como símbolo de autoridade e justiça, acabou emprestando o nome ao conjunto histórico e arquitetônico do Pelourinho – parte integrante do Centro Histórico da cidade.
A construção de igrejas e solares no local intensificou-se no século XVII, período em que os grandes proprietários rurais manifestavam seu poderio aristocrático na arquitetura das residências. As edificações das ordens religiosas e terceiras e os sobrados suntuosos que passaram a rodear o Terreiro de Jesus, no século XVIII, refletiam a estratificação social da cidade. No século XIX, o comércio tomou gradativamente as antigas residências do Taboão e alastrou-se pelo Centro Histórico. Diversos profissionais liberais passaram a trabalhar e a residir na área, e os aristocratas deslocaram-se então para outros pontos da cidade.
O Pelourinho também é fonte de inspiração e palco para artistas brasileiros e estrangeiros – como Caetano Veloso e Paul Simon; até mesmo Michael Jackson já gravou cenas de um clipe ali. O Centro Histórico de Salvador também reúne alguns dos melhores restaurantes e dos bares mais movimentados da cidade.
A efervescência cultural toma conta do multicolorido Pelourinho. As terças-feiras são reservadas a shows, como o ensaio do Olodum, que atrai milhares de pessoas às ruas e praças do Pelourinho.
O Pelourinho é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, tombado pela Unesco, em 1985.
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